sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Plot Twist

Há tanto tempo que eu não escrevo que retornei à página anterior para ver quando foi o último dia no qual escrevi algo nesse blog pessoal. 28 de Maio de 2015. Eu ainda trabalhava na anterior empresa e fazia Engenharia da Computação, menos de um ano e cá estou eu no meu curso definitivo, Direito, e, bem, 4 horas atrás entrei em um novo emprego.
A vida muda de uma forma tão rápida. Segundos passam e não somos mais as mesmas pessoas, meses passam e nem nós nos reconhecemos, às vezes. E quando os anos se passarem... quem seremos e onde estaremos? Talvez nada mude ou talvez a vida nos dê outro plot twist.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Preso em pixels.

Hoje estive nostálgico. Naveguei por entre as fotos do meu Facebook da primeira foto até a última postada. Certo que algumas se perderam nas lacunas do espaço-tempo, algumas que ainda permanecem intactas em uma realidade alternativa ou apenas no passado.

Eu vi uma versão da minha vida onde as coisas eram mais legais, onde fazíamos algumas loucuras com alguns amigos e saímos para algo light com os mesmos. Eu vi a minha versão do Ensino Médio. Algo que eu não costumo dizer muito é que eu não terminei o Ensino Médio de modo tradicional. Eu nunca me encaixei bem com a questão de matérias, no terceiro eu já sentia que sabia o suficiente e não via mais motivo para estar ali e então entrei com uma ação judicial para finalizar o ensino médio, ou seja, na realidade eu finalizei o EM na metade do terceiro ano. Fato este do qual eu me arrependo. Não pelo ensino, não por alguma matéria que eu perdi - que não fazem falta alguma, pois eu já sabia -, mas pela turma. Hoje eu faria qualquer coisa para voltar no tempo e estar naquela segunda mesa da terceira fileira conversando com o Rafa e o Lucas sobre séries, filmes e mangás.

Time of my life


Lembro de todas aquelas pessoas da sala, todas aquelas brincadeiras e de como os três anos do ensino médio foram formados por pessoas unidas. Algumas ainda continuam, como é o meu caso, do Rafa, do Lucas, do Camargo e da Ingrid; outras já não vejo, mas tenho em alguma rede social e há aquelas que nunca mais vi desde que o mesmo terminou pra mim. Hoje sei que alguns estão na faculdade, mas será que estão fazendo aquele curso que pensavam em fazer 2 anos atrás? Eu não, o rafa trancou e o Camargo continua no ensino médio.

Mas não vi apenas o ensino médio, vi pessoas que aos poucos desapareceram da minha vida também. Comentários que só reforçavam promessas quebradas, sorrisos que já não existem e fotos que deveriam se perder na lacuna espaço-tempo. Não só coisas ruins, vi pessoas que eu sinto falta, talvez saudade, amizades que silenciaram-se, mas estão lá em algum canto. Em cada foto eu vi um sorriso meu, momentos dos quais eu realmente estive feliz, cada foto que diz algo que apenas eu consigo descifrar, cada legenda estrategicamente posicionada... tudo para que um dia, um dia como hoje, eu notasse exatamente o que eu queria dizer alguns anos atrás - talvez para mim mesmo.

Tá aí o que eu gosto nas fotos, essa questão delas prenderem os nossos sentimentos que serão modificados com o tempo, mas não nelas. Ali eles continuam intactos, continuam em sua forma pura. Cada olhar preso para sempre com uma mensagem. Cada sorriso que diz algo que não podemos ouvir, apenas sentir. Cada vez que olho todas essas fotos, eu sinto o que eu senti naquele momento, como se eu estivesse me conectando com uma parte de mim. E cada vez que eu apago mais um traço do passado, é como se parte minha fosse junto para o nada. Uma alma presa, sendo sentida e, às vezes, destruída em pixels.

domingo, 27 de abril de 2014

O tom cinza jogado ao opaco.

Eu queria que esse ano fosse diferente. Que algumas coisas mudassem e eu pudesse usar alguns amigos para uma mudança, mas não, já se foram praticamente 120 dias desde que o ano começou e tudo está na mesma. É como se o 2013 tivesse sido prolongado por mais um tempo e o 2014 que eu sonhei tivesse ocorrido por apenas 31 dias.

Façamos um recap.:

Em Janeiro tudo estava ótimo. Eu tinha um serviço com um salário muito bom numa área que eu queria e entrei para a Universidade Federal. Toda semana gastava com alguma coisa besta, certo que também foi o mês no qual eu fui assaltado, mas eu comprei um novo celular e pouco importa, mas esta cena me fez pensar um pouco sobre alguns locais onde eu vou. Tudo estaria ótimo se o emprego não fosse temporário e, mais tarde, eu notasse que o curso que eu comecei não é o que eu realmente quero fazer. Fevereiro passou voando comigo desempregado, porém ainda com dinheiro. Março eu me fodi de canudinho, comecei a trabalhar aos finais de semana, num lugar que mais parecia o inferno, só para ter dinheiro da passagem para a faculdade até que em Abril eu larguei mão de tudo, foda-se a faculdade, foda-se o emprego dos sonhos, fodam-se as baleias e os golfinhos. Eu tirei um tempo para me afundar em alguns projetos. Pronto.

Eis que desde metade do ano passado, eu tenho um projeto em andamento, mas o andamento estava tão lento quanto uma lesma preguiçosa. Depois que o meu parceiro entrou para o exército, só fodeu mais ainda com tudo. Mas já que estava tudo dando errado, algo deveria dar certo. Então abdiquei de algumas coisas para avançar com o projeto. 13 horas por dia durante 6 dias na semana, eu fico numa mesa analisando linhas de códigos e projetando designs para a web, pensando em pessoas que cairiam bem no que eu tenho planejado e quem poderia entrar comigo nessa. Neste sábado eu chamei um antigo amigo meu do Ensino Médio que possui experiência com algumas linguagens para entrar comigo e eis que foi de grande ajuda, mesmo que, na maior parte de nossas conversas, quando ele esteve aqui, falamos mais sobre o pessoal que estudava com a gente e o fato do meu padrasto assistir jogo de baseball.

Acontece que como de costume, eu estou insatisfeito. Minha vida social está praticamente zerada. Eu não converso com muita gente e perdi o hábito de sair. Da última vez eu fiquei menos de 1 hora na balada, pedi um whisky com energético e, preferi deixar aquele lugar de lado. Sabe quando dizem "lugarem cheios de pessoas vazias"? Depois de um tempo você nota que isso é verdade. Ali estava boa parte dos meus colegas dos últimos 2 anos, e mesmo que eu tivesse ido sozinho, ainda encontrei muitos para ter uma pequena conversa sobre qualquer coisa. Mas, vocês sabem, as coisas já não são como antigamente. Meus sorrisos estão vazios, eu não danço, eu não encaro ninguém (da boa forma da palavra); eu só fico ali, num cantinho da balada, onde esteja mais vazio, com alguma bebida, cumprimentando os demais. A jovialidade morreu e isso não é de hoje, há tempos que eu sinto isso.

Hoje um colega me chamou para beber e eu realmente não queria, mas ele barganhou com o motivo de amanhã ser aniversário dele, e eu, como boa pessoa, iria; mas, graças ao universo todo, houve um imprevisto e ele deixou para outro dia. Estão vendo? Até beber, algo que eu realmente gosto, eu estou deixando de lado aos poucos. Nada mais é tão animado, beber já significa uma puta ressaca no dia seguinte e perda de tempo no meu projeto pessoal.

Não sei ao certo se as pessoas me isolaram, se eu me isolei delas ou se foi um processo bilateral. Meu WhatsApp já não é tão movimentado como costumava ser, meu Facebook está ali aberto, mas já nem o uso como costumava, não vejo sentido, a maioria são pessoas para com as quais eu não ligo, e então sobra o meu Twitter e meu blog, meus lugares favoritos para reclamar sobre as coisas - o qual ultimamente tornou-se meu passatempo favorito. Acho que eu ando demostrando quem eu realmente sou, a questão de eu não sentir saudades de ninguém, nem dos meus verdadeiros amigos, de eu estar bem quietinho no meu canto olhando para as pessoas hoje em dia e as vendo cometer cada erro que eu já cometi - Ah! Sim. Mesmo com 19 anos 5 meses e 19 dias, eu já cometi muitos erros.

Me sinto como um velhinho no banco de uma praça observando as pessoas, talvez esta seja a cara da maturidade. Eu não me alegro em ser esse velhinho. Quem se alegraria em sê-lo? Ter sua experiência e seus conhecimentos seriam um triunfo, mas para isso ter passado por tudo o que ele passou e pelo tudo o que ele observou? Não, eu realmente não gostaria. Queria voltar a sentir o vento no rosto novamente, os sorrisos toscos de piadas ridículas, reviver algumas boas memórias, mas boa parte estão mortas. Eu tento me ver, tento pensar se realmente este sou eu e, de alguma forma, eu sei que não, eu sei que não sou assim, que ainda aqui dentro há um Jeff que eu conhecia tempos atrás, mas ele está preso, eu não sei ao certo o motivo, talvez as frustrações que o abalou, talvez tudo o que teve que suportar no último ano, ou talvez apenas cansou de tudo. Eu não vejo uma alma brilhante aqui dentro de mim, eu vejo algo num tom cinza jogado ao opaco. Mas talvez, numa possibilidade remota, o Jeff está morto e eu o matei. Eu não sou de sentir saudade das pessoas, mas hoje bateu uma saudade horrível de mim mesmo, ao menos deste alguém que eu ainda me recordo de ter sido.


terça-feira, 22 de abril de 2014

Jeff Alves - Solteiro como sempre.

Eu, literalmente, fiquei para titio. Em menos de algumas semanas o meu sobrinho nasce, meu irmão tornar-se-á oficialmente em pai com os seus 18 anos e 5 meses, e mais uma criança aparecerá na família.

Hoje de madrugada eu estava olhando os meus contatos que possuem WhatsApp e vi que um amigo meu, de muito tempo, ingressou na rede. Às 3h00 da manhã, eu enviei um "hey" para ele e continuamos a conversa durante o dia. Nesta meia conversa descobri que ele noivou, que saiu de casa e que o irmão dele está noivado também - irmão este que tem a mesma idade que o meu. E nas sucessões de perguntas, a principal foi "E você, jeff. Solteiro como sempre?" E eu, jeff, solteiro como sempre!

Se eu parar para pensar nos últimos três anos, eu não estive solteiro e muito menos sempre estive assim. Mas também vemos o outro lado: "Hi! I'm Ted." eu sou o Ted da minha turma, sou o cara que faz alguma coisa errada, sempre. Sou o que já disse "eu te amo" depois do sexo, o que ficou no pé o tempo todo e até o que não fez nada e mesmo assim não deu certo. Então só posso supor que há algo seriamente errado comigo. Nos últimos três anos, eu vi onze amigos meus noivarem, dois casarem, quatro serem pais, vários entrarem e saírem de namoros e eu aqui: solteiro como sempre.


Tomei tudo isso como um ensinamento, principalmente ao refere nas entradas e saídas de relacionamentos, quando eu vejo uma coisa fofinha, eu começo a rir. Já não consigo nem me ver tão fofo, até tento, mas depois de um sinal que seja de que aquilo não vai rolar, eu desisto. Não estou aqui para tentar agradar alguém e, talvez, eu não tenha o gene da fofura. Eu já não olho para o presente, eu olho para o futuro e para aquela publicação de "Cineminha com o meu amor para assistir [qualquer filme romântico aqui] ♥" e só consigo ver o seguinte futuro resultado: "Se namorar fosse bom, isso aqui tava vazio e a mulherada tava em casa". Não que os relacionamentos não sejam duradouros, uns até duram mais de 6 meses - ainda estou sendo otimista. Hoje em dia 6 meses é MUITO tempo -, mas hoje as pessoas são mais vazias ou tão traumatizadas quanto eu. Vários Jeffs saindo por aí e vários bares lucrando com isso. As pessoas certas deixaram de acreditar na existência de outras pessoas certas e tornaram-se em outras que nem ligam ou fingem não ligar sobre os sentimentos alheios. Ficar com alguém em um dia e fingir que nem lembra no outro é mais fácil do que ter que lidar com a mesma pessoa todos os dias e com o medo da decepção, novamente.

Serei sincero: eu invejo as pessoas que conseguem ser felizes ao lado das outras, não um "invejo" de "espero que isso acabe", mas um "invejo" de "como eu gostaria de ter isso comigo, essa capacidade de suportar e ser suportado", creio que entendem. Mas vamos lá. Agora temos Padrinho Jeff, Tio Jeff, Primão Jeff... Tenho que comprar alguns presentes para algumas crianças e para alguns casais. Sejamos felizes, bem, eu sou. Alguém para ir num casamento comigo, não, eu não tenho, mas fazer o que? Já estou me adaptando com a situação.

E quando todos estiverem em suas mesas tomando alguma coisa leve, lá estarei eu com o meu Whisky. Todos olharão para mim e internamente dirão "Lá está o Jeff, solteiro como sempre". Não é por nada, mas creio que essas palavras estarão até na minha lápide.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Letter for a Friend

Nem sempre a vida nos dá o que nós queremos. Você vai gostar de alguém e a reciprocidade não estará presente, você vai amar rapidamente alguém e seu sentimento será massacrado e você ficará se remoendo sobre isto achando que, de certa forma, isto é sua culpa. Você postará indiretas, você não encontrará razão em nada - afinal nada mais faz sentido -, muitas palavras entrarão no seu ouvido, mas você não estará disposta a ouvir. As pessoas dirão sobre situações semelhantes, você talvez terá a sensação de dejà vú, mas cometerá os mesmos erros novamente. Todos dirão para você parar, para você deixar de gostar de alguém que você gostou muito. E como conseguir isso sendo que a pessoa está impregnada na sua alma? Sendo que você imaginou um futuro ao lado dela? Como seguir pensando que aquilo tudo poderia ocorrer? Como seguir quando você tem o pensamento de que poderia ter feito algo diferente e tudo seguiria um outro rumo... uma realidade alternativa que tudo aconteceu?

Dói, é trágico, é triste, é sofrido, é assustador, é tudo uma bosta tão grande que você não encontrará uma pá para jogá-la fora. Mas e daí? Vai viver se remoendo? Enchendo a cara com Whisky por não ver mais razão em algo?

Chegará o momento que você chegará tão fundo nesses sentimentos conturbados que você já nem se lembrará do porquê de estar assim e então verá na grande droga que tudo virou. Pois de tanto você lutar para não perder alguém, você acabou perdendo. Você não irá superar tão cedo, mas começará a progredir no exato momento que começar a analisar as coisas, momento o qual passará a pensar não no quanto você significa para os outros, mas para ti mesma. Então tu fará aquilo o que tu me disse: procurará o teu ponto de paz; e verá que ele não está em alguém e sim em ti. Passará a ter mais momentos para si, a ficar mais silenciosa perante as outras pessoas, dirá menos sobre seus sentimentos, irá chorar, mas irá encontrar-se novamente, não aquela que você era alguns dias atrás, mas aquela que você sempre foi, a essência do ser.

Erga a cabeça, Anna. Eu vejo que isto está acontecendo e irá acontecer, é a forma das coisas que virão e você deve passar por isso. Eu não direi que é algo que Deus quis, pois quem sou eu para saber o que um ser superior quer? Mas é algo que estava destinado a acontecer e agora está acontecendo. Esta é a prova para você crescer internamente. Você poderá não entender o que eu digo agora, mas tu entenderá quando for a hora - e ela está chegando.


Escrito em Agosto de 2013.

sábado, 22 de março de 2014

Clocks

Brincar com o tempo. Este sempre foi o meu pecado capital. Adiar as coisas de forma que eu acredite que o tempo parou num eterno presente, ou fingir que algumas coisas nunca aconteceram, de forma a duplipensar nelas.

A vida é como um relógio onde podemos até parar os ponteiros, mas ele continua contando cada minuto, mesmo que não possa mostrá-lo. Eu tirei o meu dedo dos ponteiros. Permiti com que eles voltassem a mostrar a realidade e que tiquetaqueassem com sua canção não mais monótona que o seu silêncio. A vida segue. O ponteiro segue. E como na arena de Em Chamas, eu posso ver o perigo em cada volta do ponteiro.

"Volta, por favor!" Foi a última mensagem que eu não pude deixar de ver ao excluí-la dos meus backups com mais de três anos de idade e 9.476 SMS. Irônico, não? "Volta, por favor!". Eu falando do relógio e do ponteiro seguindo em frente e a última mensagem que vejo diz sobre voltar, retroceder, como se fosse o final do horário de verão, onde temos a ilusão de um tempo maior, mas esquecemos que tempos antes o tempo também foi curto demais e pouco pudemos aproveitar. Talvez a vida seja um horário de verão. O início é rápido, o fim demora, é prolongado, é refeito para que entre na ordem certa, na ordem que o relógio tem que seguir.

Impossível falar de relógios e não pensar naquele quadro com um monte deles derretendo, talvez de tanto correr incansavelmente. Sinto meu relógio derretendo, sinto que enquanto eu deixava esse ponteiro parado, internamente ele corria de forma que desgastou-se demais. Agora é hora de deixá-lo caminhar, se ele quiser, que seja a hora dele sangrar e seguir em frente. Chega de ficar parado em um presente eterno, que de tanto que ficou parado tornou-se em um passado vívido. Vamos apenas ouvir o tiquetaquear e seguir a frente, seguir, deixar o ponteiro avançar segundo a segundo, dando uma nova volta até que a pilha acabe, e que este seja o último e único motivo para ele parar.


quarta-feira, 19 de março de 2014

Duplipensar.

Duplipensar. Palavra de Novilíngua que diz sobre a técnica de pensar e ao mesmo tempo abolir de sua mente tal pensamento, descrito no livro 1984 de George Orwell.

Eu ando duplipensante. Ando pensando e não pensando nas coisas, mas só de pensar em não pensar já é pensar. O duplipensar é um método que exige muito treino, tem que ser automático, e eu já não sei ficar no automático. Talvez eu deva aprender tudo novamente assim como ocorreu com o Winston. Duplipensar é saber que para guardar segredo é preciso escondê-lo também da própria consciência. Deve-se saber todo o tempo que o segredo está ali mas, até o momento de usá-lo, é preciso não permitir que venha a furo sob nenhuma forma a que se possa dar nome. Duplipensar significa saber que 2 + 2 é 4, mas dizer e saber dentro de si que também é 5. É falar que não gosta de alguém, mas na verdade gostar e abolir este sentimento do seu peito - talvez isto seja duplissentir.

Duplipensar nada mais é do que ser hipócrita consigo mesmo a respeito do que pensa e do que sente.

Duplipensar é a única palavra que consegue definir o que ando fazendo ultimamente. Não pensar duas vezes, como poderia sugerir, mas pensar em não pensar. Algumas coisas são melhores se não dermos a devida atenção que merecem, não melhor para todos ou para dois lados, mas melhor em um nível egoísta da palavra. Eu me senti melhor, eu estou melhor, pois ao duplipensar em certas coisas, eu simplesmente noto que a simplicidade que faço ao fazer certas coisas complexas é bom para o meu ser, pois se eu me permitisse apenas pensar em algo ou sentir algo, eu acabaria deixando de lado cada parte de uma doce ilusão que eu construí até aqui a qual me diz que eu sou feliz sozinho, e ao conseguir colocar na sua mente um pensamento fixo e fazer dele verdade, ele se torna a verdade, pois a verdade não existe em outro lugar senão na mente do ser.